sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Palavras para quê?! Posted by Hello

Quebra cabeças do dia - Onde está a casa da Ana? Posted by Hello

Conhecem estes gajos de algum lado? Posted by Hello

A visita a Paris

Enquanto estive em Paris, escrevi algo para colocar aqui no Blog. Contudo, devido a razões a que sou totalmente alheio, a Ana nunca mais o publicou ou enviou por mail, pelo que vou tentar fazer um pequeno exercício de memória.

Não foi lá muito fácil marcar uma data para a visita. Tentando defender a minha reputação de grande trabalhador, posso dizer que o meu Erasmus teve trabalho “quanto baste”. O problema é que a malta de Paris e Madrid resolveu optar pela Faculdade da Escravidão. Se não acreditam, passo a citar o Diogo, no mail que me enviou sobre a sua vida Erasmiana: “Tudo isto seria uma brincadeira de crianças se eu não tivesse de acordar todos os dias às 5 da manhã para apanhar o metro, o comboio e o autocarro que me deixam às 7 da manhã no meu local de trabalho, a 20 km do centro de Madrid, de onde só volto à noite. Praticamente já deixei de ir às aulas :)”. Obviamente que depois de ler isto, desisti logo da ideia de ir até Madrid.

Como não podia deixar de ser, a Ana surpreendeu-me logo à chegada. Estava eu a sair do WC, antes de recolher as minhas coisas, quando a Ana me telefona a dizer que está junto às bagagens do meu voo. Pois é meus amigos, pelo menos no aeroporto do Orly, em Paris, qualquer um pode entrar na sala de recolha das bagagens e apoderar-se das malas que muito bem quiser. E dizia eu que não existia maldade na Dinamarca...

Na tarde desse mesmo dia, a Sara fez as honras da casa (ou melhor, cidade!). Levou-me a passear pelos Champs Elysées, Praça da Concórdia, Centro Pompidou, Louvre... Nessa mesma noite, fui picar logo o ponto na “Mona Lisa”. Quando dizem que o Louvre é grande, acreditem que é mesmo grande. Eu e a Ana estivemos lá cerca de 1:30, em que quase só nos concentrámos em encontrar a famosa pintura do Da Vinci e a escultura do Discóbolo que aparentemente nem estava lá. Ana + Plácido só podia dar nisto! :) Nessa mesma noite, o Erasmus francês marcou os primeiros pontos em relação ao dinamarquês. A cantina é simplesmente fabulosa! Tem pratos a perder e vista, queijo, pão digno do nome, preços baratos, tudo! Mas melhor do que isso, foi-me apresentado oficialmente o “Mr. Bomb” (Monsieur Bombe seria mais correcto, mas tudo bem). Por acaso até acho que foi ao almoço, mas assim dá-me mais jeito :) Basicamente, a criatura (ou animal, como preferirem) é um indivíduo do sexo masculino, com uns 40 anos, que tenta encantar as meninas com a sua ladainha. Porém, reza a lenda que quando a coisa começa a correr mal, o tipo revolta-se e desata a javardar comida para fora do tabuleiro. Esta parte da lenda fui eu que presumi, mas lá que o gajo era um porco profissional, lá isso era!

No dia seguinte, Sábado, a Ana teve que ir para a Faculdade lodo de manhã e todo o resto da malta estava bem atarefado. Fiquei por minha conta. Contudo, o dia anterior tinha deixado mazelas – uma bela e dolorosa bolha no pé (o problema foi da meia, tenho a certeza. As fabulosas botas dinamarquesas jamais me deixariam ficar mal). Nada que a Ana não resolvesse. Desencantou um daqueles algodões circulares de maquilhagem de alto gabarito (Hotel Vila Galé!) que foram um verdadeiro remédio santo.

Nesse mesmo dia fartei-me de caminhar e visitar. A grande diferença de Paris em relação a outras cidades que conheço é o facto de existirem monumentos e obras de arte a pontapé. Aliás, morar num edifício com 150 ou 200 anos no centro de Paris, é a coisa mais normal do mundo (pelo menos para a malta endinheirada). Passando à frente a parte do metropolitano (um pouco velho e sujo mas muito fiável e eficaz), surpreendeu-me um pouco a apertada segurança em torno dos locais mais visitados em Paris. Portas detectoras de metais e túneis de Raio-X, são prática comum em locais frequentados por turistas. À noite, fui com a Ana e com a Diana jantar fora. Sem dúvida que locais como o que vi, cheios de gente e cor a altas horas da noite, são quase impossíveis de encontrar na Dinamarca. A malta lá pelos países nórdicos gosta mais de “asneirar” dentro de casa.

Nos outros dois dias, aproveitei para visitar mais alguns locais obrigatórios: Montparnasse, Torre Eiffel, Palácio de Versalhes... Na última noite fomos ainda até ao forró que realizaram na Casa do Brasil, mesmo perto da de Portugal. Aquilo até estava engraçado, mas o problema é que quase nem nos podíamos mexer, de tão apinhado que estava. Para ajudar à festa, em vez de comer um Belo Rodízio, tive-me que contentar com um cachorro quente e uma caipirinha (nada maus, por sinal).

Bem, não se esqueçam que as meninas de Paris chegam amanhã, Sábado!

Ó Diogo? Então esses exames espanhóis? Não há notícias? A partir de agora, tu serás a única razão se ser deste blog. Vê lá se escreves qualquer coisa.

Beijinhos e abraços,

João Plácido

P.S. – Descobri que a Nutella, tem uma espécie de contrato de exclusividade com todas as Créperies de Paris. Não existe crepe de chocolate parisiense que não seja bem besuntado com isso.

P.S. 2 – Um conselho para quando um dia forem a Paris. Sempre que empurrarem ou chocarem com alguém no metropolitano, basta dizerem qualquer coisa como “Desoulléz” (não sei se isto está bem escrito). Segundo a Ana, isto é uma espécie de desculpa (usada principalmente pelos africanos) que resolve quase tudo sem grandes rodeios. Siga!