terça-feira, novembro 15, 2005

Reparem no meu ar de cansado...e a corrida ainda não tinha começado


O Edgar tem-se desleixado, mas não pensem que isto está abandonado!

Depois de uma interrupção para umas férias na Dinamarca, lá voltei à corrida das corridas: “Argoncilhe Grand Prix”. A equipa foi a do costume, já para não falar nos resultados (www.runporto.com/index_runporto_argoncilhe_resultados.htm). Se repararem, só o Lino é que teve direito a tempo (acho que eu, o Paulo e o Bruno chegamos fora do controle). Foi sofrido, é verdade, ou o vale em que Argoncilhe está localizado não esteja cada ano que passa, mais profundo (e vêm os cientistas falar em aquecimento global!). Demorei cerca de 16 minutos a completar cada volta (eram 3) e consegui notar da primeira para a última que a Subida das Cavadas (corrige-me Paulo, se estou errado) duplicou em cerca de 30 minutos. Agora imaginem o que não terá aumentado no espaço de dois anos, o tempo do meu interregno (é só fazer as contas!).

Vou-me que o tempo já escasseia. Apareçam :)

Plácido

P.S. – Ó Torres, porque é que não vieste? Posted by Picasa

domingo, outubro 16, 2005

O Dream Team de Qualidade na Construção, composto pelos quatro gorilas do costume (optei por usar gorilas em vez de macacos porque assim o elemento feminino não se sente discriminado!) e pela irmã do meu irmão que ele nunca chegou a conhecer!

P.S. - Se pensam que o facto de o tratamento gráfico dos textos ser tudo menos uniforme é obra do acaso, enganem-se, isto estava tudo planeado...ou então não! Posted by Picasa


Viagem a Lamego, lembram-se? Ó Fila, tu foste o sacrificado, mas como já tiveste direito a muito tempo de antena neste Blog, achei que não te ias importar muito. Chamo especial atenção para o tipo de T-Shirt branca e para as suas trombas. Pelo que me lembro ele só pensava: "Este Apoc ainda me vai ficar atravessado... :("
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O Linas Linas Adomavicius (futuro presidente da Lituânia) é o da direita. O que podem ver atrás é uma pista de Speed Model Car (www.speedmodelcar.com)

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segunda-feira, abril 11, 2005

O meu próximo livro



Copiado?? Por quem??

sábado, março 26, 2005

Os mitos da Ana...descodificados!

Antes demais, permitam-me um pequeno aparte. Não acham que esta coisa do Código Da Vinci começa a dar a volta à cabeça a muita gente (até já atingiu os títulos dos “posts” deste Blog!)? Não existe livraria ou hipermercado que se preze que não tenham agora carradas de livros sobre Maria Madalena, os Cavaleiros dos Templários, a Igreja e...para acabar, livros que nada estão relacionados com isto tudo, mas que têm estrategicamente estampados na capa, uma bela fotografia da Mona Lisa.

Mas passando ao que interessa.

1º Mito – As horas de sono da Ana

Muito se tem especulado sobre o facto de a Ana ter tido uma média de 3 horas diárias de sono durante os seis meses. Querem saber o que penso? É a mais pura das verdades! Nos quatro dias que estive em Paris, deu para ver que se existem pessoas que desprezam a vida, uma delas chama-se Ana Miguel! Nunca nos deitávamos muito cedo (conversa, saídas, chocolates...) mas de manhã cedo lá estava a Ana, pronta para mais uma. Antes de conhecer o mito, pensava que a Ana se limitava a colocar um pé à frente do outro, e a esperar que os professores não a apanhassem a dormir. Mas ela fazia muito mais do que isso. De manhã, ainda tinha tempo de por o queijo à mão de semear, escrever um bilhete com os locais a visitar e as dicas do dia, e ainda para dois dedos de conversa.

Mais! Ficou ontem também provado que a Ana continua a comportar-se assim em Portugal. Já passava das 4:30 da madrugada e era ver a Ana e a Sara a lavarem pratos e copos com uma frescura física invejável. E andam aí gajos a gabarem-se que correm a Meia Maratona...

2º Mito – A lixa higiénica

Já a Ana me tinha avisado em Dezembro, que o papel higiénico na Maison de Portugal, apesar de cor de rosa, nada tinha de amoroso. Aliás; a metáfora que melhor se adaptava aquilo era, “áspero como uma lixa”. O que eu penso? Esta é a mais pura das verdades. Nem a L’Oreal ou a Garnier devem ter inventado ainda a solução para aquilo.

3º Mito – A teoria das compensações

O mais correcto seria chamar para aqui a menina Diana ao barulho, porque foi ela que me deu a conhecer isto. Contudo, como a Diana não é uma frequentadora assídua desta espelunca, temo que sobre tudo para a Ana.
Em linhas gerais, a teoria explica o facto das meninas comerem tanto chocolate em período erásmico. Como eu sou uma pessoa de bem, e a última coisa que quero aqui são poucas vergonhas. Apenas digo que o chocolate funciona como uma espécie de substituto. Agora de quê...

Chega de palhaçadas. Acho que desta vez me estiquei mesmo a sério :)

E tu Edgar? Que contas? Já posso enviar-te o registo para poderes escrever no Blogasmus? Se for preciso alguma acção especial com o Soeiro, não te acanhes, fala aqui com a malta.

Boa Páscoa!

João Plácido

quarta-feira, março 16, 2005

Ganhei



E está aqui a altura em que fugi dos quenianos

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Palavras para quê?! Posted by Hello

Quebra cabeças do dia - Onde está a casa da Ana? Posted by Hello

Conhecem estes gajos de algum lado? Posted by Hello

A visita a Paris

Enquanto estive em Paris, escrevi algo para colocar aqui no Blog. Contudo, devido a razões a que sou totalmente alheio, a Ana nunca mais o publicou ou enviou por mail, pelo que vou tentar fazer um pequeno exercício de memória.

Não foi lá muito fácil marcar uma data para a visita. Tentando defender a minha reputação de grande trabalhador, posso dizer que o meu Erasmus teve trabalho “quanto baste”. O problema é que a malta de Paris e Madrid resolveu optar pela Faculdade da Escravidão. Se não acreditam, passo a citar o Diogo, no mail que me enviou sobre a sua vida Erasmiana: “Tudo isto seria uma brincadeira de crianças se eu não tivesse de acordar todos os dias às 5 da manhã para apanhar o metro, o comboio e o autocarro que me deixam às 7 da manhã no meu local de trabalho, a 20 km do centro de Madrid, de onde só volto à noite. Praticamente já deixei de ir às aulas :)”. Obviamente que depois de ler isto, desisti logo da ideia de ir até Madrid.

Como não podia deixar de ser, a Ana surpreendeu-me logo à chegada. Estava eu a sair do WC, antes de recolher as minhas coisas, quando a Ana me telefona a dizer que está junto às bagagens do meu voo. Pois é meus amigos, pelo menos no aeroporto do Orly, em Paris, qualquer um pode entrar na sala de recolha das bagagens e apoderar-se das malas que muito bem quiser. E dizia eu que não existia maldade na Dinamarca...

Na tarde desse mesmo dia, a Sara fez as honras da casa (ou melhor, cidade!). Levou-me a passear pelos Champs Elysées, Praça da Concórdia, Centro Pompidou, Louvre... Nessa mesma noite, fui picar logo o ponto na “Mona Lisa”. Quando dizem que o Louvre é grande, acreditem que é mesmo grande. Eu e a Ana estivemos lá cerca de 1:30, em que quase só nos concentrámos em encontrar a famosa pintura do Da Vinci e a escultura do Discóbolo que aparentemente nem estava lá. Ana + Plácido só podia dar nisto! :) Nessa mesma noite, o Erasmus francês marcou os primeiros pontos em relação ao dinamarquês. A cantina é simplesmente fabulosa! Tem pratos a perder e vista, queijo, pão digno do nome, preços baratos, tudo! Mas melhor do que isso, foi-me apresentado oficialmente o “Mr. Bomb” (Monsieur Bombe seria mais correcto, mas tudo bem). Por acaso até acho que foi ao almoço, mas assim dá-me mais jeito :) Basicamente, a criatura (ou animal, como preferirem) é um indivíduo do sexo masculino, com uns 40 anos, que tenta encantar as meninas com a sua ladainha. Porém, reza a lenda que quando a coisa começa a correr mal, o tipo revolta-se e desata a javardar comida para fora do tabuleiro. Esta parte da lenda fui eu que presumi, mas lá que o gajo era um porco profissional, lá isso era!

No dia seguinte, Sábado, a Ana teve que ir para a Faculdade lodo de manhã e todo o resto da malta estava bem atarefado. Fiquei por minha conta. Contudo, o dia anterior tinha deixado mazelas – uma bela e dolorosa bolha no pé (o problema foi da meia, tenho a certeza. As fabulosas botas dinamarquesas jamais me deixariam ficar mal). Nada que a Ana não resolvesse. Desencantou um daqueles algodões circulares de maquilhagem de alto gabarito (Hotel Vila Galé!) que foram um verdadeiro remédio santo.

Nesse mesmo dia fartei-me de caminhar e visitar. A grande diferença de Paris em relação a outras cidades que conheço é o facto de existirem monumentos e obras de arte a pontapé. Aliás, morar num edifício com 150 ou 200 anos no centro de Paris, é a coisa mais normal do mundo (pelo menos para a malta endinheirada). Passando à frente a parte do metropolitano (um pouco velho e sujo mas muito fiável e eficaz), surpreendeu-me um pouco a apertada segurança em torno dos locais mais visitados em Paris. Portas detectoras de metais e túneis de Raio-X, são prática comum em locais frequentados por turistas. À noite, fui com a Ana e com a Diana jantar fora. Sem dúvida que locais como o que vi, cheios de gente e cor a altas horas da noite, são quase impossíveis de encontrar na Dinamarca. A malta lá pelos países nórdicos gosta mais de “asneirar” dentro de casa.

Nos outros dois dias, aproveitei para visitar mais alguns locais obrigatórios: Montparnasse, Torre Eiffel, Palácio de Versalhes... Na última noite fomos ainda até ao forró que realizaram na Casa do Brasil, mesmo perto da de Portugal. Aquilo até estava engraçado, mas o problema é que quase nem nos podíamos mexer, de tão apinhado que estava. Para ajudar à festa, em vez de comer um Belo Rodízio, tive-me que contentar com um cachorro quente e uma caipirinha (nada maus, por sinal).

Bem, não se esqueçam que as meninas de Paris chegam amanhã, Sábado!

Ó Diogo? Então esses exames espanhóis? Não há notícias? A partir de agora, tu serás a única razão se ser deste blog. Vê lá se escreves qualquer coisa.

Beijinhos e abraços,

João Plácido

P.S. – Descobri que a Nutella, tem uma espécie de contrato de exclusividade com todas as Créperies de Paris. Não existe crepe de chocolate parisiense que não seja bem besuntado com isso.

P.S. 2 – Um conselho para quando um dia forem a Paris. Sempre que empurrarem ou chocarem com alguém no metropolitano, basta dizerem qualquer coisa como “Desoulléz” (não sei se isto está bem escrito). Segundo a Ana, isto é uma espécie de desculpa (usada principalmente pelos africanos) que resolve quase tudo sem grandes rodeios. Siga!

segunda-feira, janeiro 31, 2005

A prova!!!!! A fotografia ficou muito escura porque já era quase de noite. Tentei dar aqui uns pequenos retoques por isso espero que dê para entender alguma coisa. Posted by Hello

Podia ter sido pior! - Martin (Alemanha), Myself, Gabor (Hungria) e Istvan (Hungria) Posted by Hello

A loucura!

Não há dúvida que os meus companheiros de Blog são do mais fraco que há. Agora que não têm nada para fazer (compreenda-se que quando dizem que estão cheios de trabalho significa que têm festas todos os dias. Também utilizava esse truque :) ) não se dão sequer ao trabalho de escreverem. O último post do Diogo data de 12 de Dezembro! Enquanto que à Ana subiram-lhe os comments à cabeça... Mas o que é isto? Andamos a brincar aos Blogs, é? Se existe aqui gajo que já não tem obrigação de escrever, sou eu. Mas enfim... Hoje vou sacrificar a minha corrida e a volta de bicicleta para tentar dar algum colorido aos vossos dias monocromáticos. Quer dizer, agora que andam para aí a tirar 16 e 17 já nem devia ter pena de vocês, mas tudo bem.

Muita gente me tem perguntado como têm sido estes dias, os primeiros depois da minha chegada. Sinceramente, até pensei que o choque fosse maior. Se calhar, como vim cá no Natal, já estava mais ou menos preparado. Mas também é verdade que tenciono mesmo cumprir as promessas que fiz a alguns amigos de que um dia voltarei a vê-los. Aliás, mesmo não estando agora com eles, são inúmeras as vezes que me lembro de tudo aquilo que vivemos juntos. De momento, isto é a coisa mais fácil de acontecer porque o meu quarto está neste momento transformado num museu Erasmus (para piorar a situação, os meus 20 kg de tralhas que enviei pelo correio chegaram sexta-feira). Confesso aqui, perante toda a gente que lê estes rabiscos, que a única coisa que arrumei desde que cheguei foi a roupa! A minha mãe até já fica algo renitente quando tem que entrar lá no quarto. Pior do que isso, é que tinha prometido a mim mesmo que o arrumaria hoje à tarde, mas uma provocação (cheia de razão) do Edgar, fez-me tentar devolver a dignidade a este Blog.

Tenho uma teoria que diz que as pessoas que mais comments escrevem neste Blog são aquelas que melhores resultados obtêm na faculdade. (Que golpe baixo, não acham?)

Agora, vamos ao que interessa. Na Dinamarca, como um bom Erasmus, fiz muitas coisas pela primeira vez (nada de piadas foleiras). Já não bastava ter arriscado a vida, quando os húngaros me convenceram que correr 18 km era como limpar o rabo a meninos (se bem que sempre tenha achado esta comparação muito feliz. Quem é que gosta daquele pivete?), até que, num dos últimos dias o Istvan disse-me. “João, hoje não vai dar para correr. Vamos tomar banho à praia!” Perdido por 10, perdido por 1000! Lá fomos nós.

Eu, mais dois húngaros e um alemão. Para quem não sabe, este alemão, o Martin, tinha acabado de se formar em Engenharia Civil, há uns dias, com um Projecto Final avaliado em 95% (mesmo assim, ele sempre me disse que os 100% eram a nota justa, mas como não quis arranjar problemas...).

Deviam ser umas 15:30 quando nos pusemos a caminho no carro do Martin. Ia pensando no estado da minha mente quando vi que o termómetro do carro marcava 5,5 ºC. Ia ser um banho fresquinho! A praia ficava junto a um dos parques de campismo de Horsens, mas ainda tivemos que esperar que um carro com um casal de velhotes desaparecesse dali, para podermos dar início à transfega (para quem não sabe, transfega é uma arte circense praticada principalmente na praia e que se caracteriza pela troca de calções sem que ninguém dê por nada. Quando isto é realizado por mim, costuma dar sempre origem a situações no mínimo hilariantes). Depois de estarmos prontos, lá fomos nós, qual Bruce Willis ou Ben Affleck prestes a combaterem o Armagedão! Estava um frio de cortar a respiração e antes de colocar os pés na areia já eles estavam gelados; lembro-me que tivemos que amarrar as toalhas a um pontão que lá havia para evitar que voassem. Mas não havia tempo para mais nada, era agora ou nunca! Fomos todos juntos. Foi impressionante como nos primeiros 15 segundos em que estivemos dentro de água os nossos pés quase deixaram de ser sentidos, tal era o frio.

Contudo, o pior ainda estava para vir. Lá mergulhamos!!! Vocês não imaginam o choque que é sentir aquela água gelada em tudo o que é sítio (sem excepções). Penso que até a célula mais longínqua, mais malandra, que nunca fez nenhum nestes 22 anos, deve ter acordado naquele ápice! Acho até que deu para ver a luz ao fundo do túnel durante uns milésimos de segundo.

Saímos depressa e tirámos mais uma fotografia. Não sei porquê, mas todos nós caminhávamos ao belo estilo do “Corcunda de Notre Dame”. Porém, enquanto nos secávamos à pressa para nos metermos dentro do carro, eis que aparece uma senhora dinamarquesa, com os seus 60 anos, a passear o Pastor Alemão. “Então e a prova que falta? Os quatro homens mais fortes do planeta juntos, algures no Mar Báltico, com uma temperatura dentro de água certamente inferior a 5ºC?!”. Presumo que a pobre senhora tenha pensado que tínhamos acabado de fugir da prisão ou de algum manicómio mas depois lá percebeu a minha explicação. Contudo, depois de tirar a fotografia pôs-se logo a caminho, pensando talvez que quiséssemos ter companhia feminina no banho! ;)

O caminho até ao carro ainda custou um pouco. De repente, os pés que estavam completamente gelados ficaram a arder! (devem ser efeitos secundários do apocalipse, pensei eu!). Lembro-me que quando cheguei a casa, fiquei no banho no mínimo meia hora. E nos primeiros 5 minutos ainda senti aquele formigueiro todo, característico do choque térmico. Há gajos malucos!

Chega de baboseiras. O que é isto comparado com os vossos mirabolantes professores ou os critérios de correcção de princípios duvidosos. Vejam lá se estudam que eu vou ver se arrumo o meu quarto! Sinceramente, não sei o que é mais difícil :)

Beijinhos e abraços para todos,

João Plácido

P.S. – Escrevam, carago!