segunda-feira, janeiro 17, 2005

Vitus Bering Running Club

Desde que cá estou, tenho corrido muito mais do que por aí. Como não tenho bicicleta, aproveito por fazer mais uns quilómetros (cerca de 10,5 km).

Contudo, depois do excelente resultado que obtive na S. Silvestre (apenas manchado por um juiz muito corrupto) comecei a pensar em voos mais altos, que é como quem diz, na Meia Maratona. Obviamente que malta como o Lino e o Torres têm grande culpa nisto, ou não fossem eles aqueles que mais contribuem para honrar o nome da FEUP. Ora, não existindo dinheiro para pagar a um treinador americano ou para comprar “drunfos” ultra-energéticos, não havia outra solução senão recorrer à escola de leste, mais concretamente à húngara.

Quando falo na escola de leste, refiro-me obviamente ao grande Gabor! (penso que cerca de 2 metros são mais do que suficientes para aplicar este adjectivo). Para quem não o conhece, fiquem sabendo que tem cerca de 6 maratonas no currículo e nunca desistiu (penso eu de que!). Agora não tenho bem a certeza, mas julgo fazer cerca de 38 minutos aos 10 km. Claro que tudo isto apenas foi possível através do meu empresário, Istvan (também húngaro), que tratou de tudo. Vejam lá que, para eu não me sentir assim tão mal com a diferença de andamentos, tratou também de convidar o Romain (França) (lembram-se dele?). Lá fomos nós...

Como não podia deixar de ser, fomos todos juntos, ao ritmo que eu e o Romain podíamos aguentar. Para que fique bem claro, para o Gabor pouco mais se tratava do que uma caminhada mais acelerada, tal era a facilidade com que devorava cada metro. Porém, ao km 3,5, depois do Romain se ter começado a queixar de problemas de fermentação alcoólica, tivemos o primeiro desistente. Como ele já nos tinha previamente avisado, faria apenas 7 km. Lá tiramos mais uma fotografia, o francês fez o caminho de volta e nós continuamos a nossa corrida à volta do lago.

Mesmo sendo uma cidade de dimensão média (para a escala dinamarquesa), Horsens, à semelhança de tantas outras, parece ser uma cidade no meio do nada. Assim que se deixa o perímetro da cidade, fica-se com a sensação de que entramos em locais cheios de campos verdes, agricultura, alguma árvores, mas...nem sinal de habitações ou vida. De vez em quando lá se passa por uma pequena população, que não raras vezes tem menos de 40 casas. Isto é o que acontece também por aqui. Quando se passa para o outro lado do lago, abandona-se por completo a cidade e apenas se vêm campos e talvez duas pequenas “aldeias”. Isto não significa que as pessoas não tenham qualidade de vida ou qualquer outra coisa assim, apenas que a diferença entre a cidade e o campo está muito mais perto, em termos de distância, do que em Portugal.

Mas lá continuamos os três. A meio apanhámos um forte vento que estava a ver que me gelava os dedos e mesmo verificando que as minhas sapatilhas tinham uma cor completamente diferente no final, posso dizer que valeu mesmo a pena. Do outro lado do lago é paisagem é espectacular! Claro que o dia seguinte não foi lá muito agradável, principalmente tendo em contas as dores que sentia nos meus joelhos, porém, podia ter sido pior.

Depois disto, os húngaros já me tentaram assassinar mais duas vezes, mas em apenas numa me consegui safar. Contudo, depois conto os pormenores!

Espero que a malta aí da FEUP também tenha começado a treinar, desta vez nem um juiz corrupto vos vai valer! Vocês vão ver...

Cumprimentos para toda a gente e um beijinho muito especial para a Ana ;)

João Plácido

P.S. – Isto está a acabar depressa demais. Sábado já regresso para esse país que compra jogadores de futebol com nomes de carros de Rallyes ou cães danados. Enfim...

P.S. 2 – Ah, quase me esquecia. No final, acabamos por percorrer perto do 15 km!

2 Comments:

At terça-feira, janeiro 18, 2005 2:05:00 da tarde, Blogger MT said...

Parece-me que o João Kipketer vai ganhar a meia maratona...

 
At quinta-feira, janeiro 20, 2005 5:11:00 da tarde, Blogger João Plácido said...

É oficial!

Existe alguém a tentar sabotar este Blog. E pior do que isso, é o facto de que a Ana nunca mais deu sinais de vida depois de esta estranha lhe ter dito que a conhecia.

Começo a temer pela minha vida. Ao que consta, eu também a conheço... Serei o próximo?

 

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