quinta-feira, dezembro 09, 2004

Aviso a todas as unidades!!!

Lanço mais uma vez o apelo a toda a “Gendarmerie Nationale Française”. Bem sei que a tamanho da fugitiva não torna as coisas fáceis, mas urge saber por onde anda essa criatura!

Como vos tinha dito, a semana passada fomos visitar as instalações da maior empresa de aerogeradores do mundo. A empresa, Vestas, é dinamarquesa, mas resultou da fusão com uma outra americana. Eles lideram com alguma vantagem todo este mercado e vão lançar no próximo ano o maior aerogerador alguma vez construído; o V120, com capacidade para 4,5 MW. Porém, o que me surpreendeu mais nem foi isto, mas sim os chamados parques “Offshore”. E perguntam vocês o que é isto!

Um parque “Offshore” é um parque eólico contruído no mar, geralmente a uns pouco quilómetros da costa. Se não acreditam, vejam isto: http://www.vestas.com/uk/Products/Offshore/offshore_uk.htm. São 30% mais ventosos que os parques convencionais mas também têm alguns inconvenientes. Imaginem só os problemas que existem na montagem, manutenção, exploração... Pelo que nos disseram, estes tipos de parques têm um tempo de retorno de cerca de 6 anos (parece-me uma previsão um pouco benfiquista) e podem ter um tempo de vida que na melhor das hipóteses atinge 30 anos. Parece muito curto, não acham? Lembro-me que nos mostraram umas cinco formas diferentes de se fazer a fundação da torre e uma delas era mesmo bastante inovadora. Consistia numa espécie de ventosa gigante que depois de construída em terra e levada para o mar, se montava em três tempos. Ainda para mais, tinha a vantagem de ser a solução que menos trabalho dava em desmantelar no fim do tempo de vida útil do parque.

A fotografia que está aí foi tirada em Skagen, o ponto mais a Norte da Dinamarca. Estive lá há cerca de um mês, mas devido à estranha velocidade do tempo em período Erasmus, parece que foi a semana passada. Nesse ponto (ventoso e frio quanto baste) é possível ver a fronteira entre o Mar do Norte (a Oeste) e o Mar Báltico (a Este). Consegue-se mesmo ver num determinado local o choque das ondas que vêm de lados opostos. Um sítio espectacular! Nesse dia tive ainda a oportunidade de viajar no Comboio/Autocarro. Sim, por muito que custe a acreditar, o comboio só parava nas estações mais pequenas (os célebres apiadeiros, que raio de nome) se o botão de STOP fosse pressionado. De outra forma, era sempre a andar!

Verifiquei mesmo agora a meteorologia. No Porto estão 4ºC e por aqui 5ºC! Ah, vejam lá se colocam uns Posts de vez em quando. Sei bem que estamos aqui na “boa vida” mas também gostamos de ler... Por sinal, o mistério do grupo do Paulo já foi desvendado?

Cumprimentos a todos,

João Plácido

P.S. – Mesmo já estando farto de ler o jornal em frente a um monitor, vi hoje que o melhor programa alguma vez feito em África ainda está a passar na RTPN. Se por acaso nunca viram o “Na Roça com os Tachos” fiquem sabendo que não merecem o ar que respiram. “O que falta a João Carlos Silva em sofisticação culinária - e falta bastante - sobra-lhe na graça e no entusiasmo improvisado.” – Jornal Público

P.S. 2 – As minhas preces começam a resultar. Finalmente vão deixar de construir estádios no Porto (ó Salgueiros, passaste à história) para investirem num circuito de velocidade. Para o ano voltamos a ter corridas de automóveis no Porto, ainda que seja um pouco a brincar http://jornal.publico.pt/2004/12/08/LocalPorto/LP06.html