sábado, outubro 16, 2004

A viagem a Amesterdão

Olá a todos.

Isto realmente não é fácil, mas todos temos que fazer um esforço. Eu bem avisei a Ana que não era fácil manter isto vivo, mas vocês pensavam que eu estava a gozar, não era?

Esta semana não tive aulas, tal como todos os outros estudantes na Dinamarca. Estamos mais ou menos a meio do Semestre, presumo que seja por causa disso.

A residência ficou quase vazia, pois todos decidimos dar de frosque! Eu fui até Amesterdão com o Luís, os portugueses de Informática, uns gregos, um cipriota e uma lituana. Alugamos os carros na Alemanha, dado que é quase a metade do preço. As viagens correram bem, apenas com a desvantagem do grego e do cipriota quererem mostrar a toda a gente, a razão pela qual o campeonato do mundo de rallyes passa por lá (ainda dizem que sou maluco). Amesterdão é uma cidade mesmo esquisita. Deve ser a cidade com maior densidade de emigrantes e vindos de toda a parte do mundo. As miúdas são bem giras, bem melhores do que aqui na Dinamarca, e tenho que admitir que o facto de andarem de bicicleta a uma velocidade considerável, de preferência com uma saia curta, lhes dá muito estilo e classe. Aquela coisa de ver as prostitutas nas montras é mesmo verdade, só visto! Para não falar na facilidade com que nos deparamos com pessoas a oferecerem cocaína, ecstasy, tudo. Os coffee-shop (locais onde se pode fumar e comprar axixe sem problemas) chegam a ser quase hilariantes. Têm um menu, como nos restaurantes, com todo o tipo de axixe, características, preços, promoções, È A LOUCURA! Ainda fui ao museu Van Gogh. Não percebo nada de arte, mas observar aqueles quadros que estava habituado a ver apenas nos livros foi quase arrepiante.

Vou ver se faço uns trabalhos de casa.

Cumprimentos,

João Plácido

P.S. – Se por acaso virem na televisão qualquer coisa a dizer que o Armindo Araújo teve um acidente (que meteu capotanços e hospitais, num rallye a feijões) por favor façam digam-me se tenho ou não tenho razão. O nosso país até não é assim tão mau, mas as pessoas só se esforçam por mostrar o lado negro, que tristeza. Que saudades tenho eu de ver os Jogos Sem Fronteiras ou o Fort Boyard (os franceses aqui de ERASMUS ainda têm essa sorte). Só se vê merda no nosso país. Os jornais desportivos já nem falam de futebol, apenas de planos de segurança. Qualquer dia têm acordos com a PJ. Valha-nos Deus!